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sábado, 5 de janeiro de 2008

Os tempos mudaram? Os Herodes de ontem e os Herodes de hoje

Julio Severo
A sede de sangue e a covardia dos políticos do passado não mudaram em nada em nossa época. O que mudou foi a entrada de líderes religiosos num jogo de poder que envolve, como sempre, o derramamento de sangue dos inocentes.



No primeiro século da era cristã, o rei Herodes, representante do Estado, queria matar crianças, mas não há registro de líderes religiosos apoiando a matança. Fonte: Mateus 2:16-18.



Em pleno século 21, Lula, representante do Estado, quer a legalização do assassinato de crianças mediante o aborto. Há registro de um líder religioso apoiando: Bispo Edir Macedo. Fonte: Blog Julio Severo



O rei Herodes do passado tinha seus motivos para assassinar crianças. Os Herodes de hoje também têm seus motivos.



Bispo Edir Macedo e a promoção do aborto



Bispo Edir Macedo, fundador da Igreja Universal do Reino de Deus, defende abertamente o assassinato de crianças mediante o aborto, conforme entrevista dada ao jornal Folha de S. Paulo em 13 de outubro de 2007:



FOLHA — Em sua biografia, o sr. defende o aborto. Atualmente, a Record e a Record News exibem campanha pelo aborto. Por quê?



MACEDO — Sou favorável à descriminalização do aborto por muitas razões. Porém, aí vão algumas das mais importantes:



1) Muitas mulheres têm perdido a vida em clínicas de fundo de quintal. Se o aborto fosse legalizado, elas não correriam risco de morte;



2) O que é menos doloroso: aborto ou ter crianças vivendo como camundongos nos lixões de nossas cidades, sem infância, sem saúde, sem escola, sem alimentação e sem qualquer perspectiva de um futuro melhor? E o que dizer das comissionadas pelos traficantes de drogas?



3) A quem interessa uma multidão de crianças sem pais, sem amor e sem ninguém?



4) O que os que são contra o aborto têm feito pelas crianças abandonadas?



5) Por que a resistência ao planejamento familiar? Acredito, sim, que o aborto diminuiria em muito a violência no Brasil, haja vista não haver uma política séria voltada para a criançada.



FOLHA — “Deus deu a vida e só Ele pode tirá-la”, segundo a Bíblia. Não é contraditório um líder cristão defender o aborto?



MACEDO — A criança não vem pela vontade de Deus. A criança gerada de um estupro seria de Deus? Não do meu Deus! Ela simplesmente é gerada pela relação sexual e nada mais além disso. Deus deu a vida ao primeiro homem e à primeira mulher. Os demais foram gerados por estes.



O que a Bíblia ensina é que se alguém gerar cem filhos e viver muitos anos, até avançada idade, e se a sua alma não se fartar do bem, e além disso não tiver sepultura, digo que um aborto é mais feliz do que ele (Eclesiastes 6.3). Não acredito que algo, ainda informe, seja uma vida.



FOLHA — O sr. é a favor do uso de embriões humanos pela medicina?



MACEDO — Sou a favor, sim.



Os desejos do Bispo Edir Macedo estão sendo atendidos pelo governo do seu amigo Lula, conforme informação do Pró-Vida de Anápolis:



O governo Lula e a promoção do aborto



Em 8 dezembro de 2004, a secretária Nilcéa Freire, da Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres (SPM), diretamente subordinada ao Presidente da República, lançou o Plano Nacional de Políticas para as Mulheres, em que a revisão da lei penal sobre o aborto era uma das “prioridades”.



Em 15 de dezembro de 2004, o Ministro da Saúde Humberto Costa lançou a Norma Técnica de Atenção Humanizada ao Abortamento, toda ela voltada para fomentar a impunidade do aborto.



No dia 24 de março de 2005, o Presidente Lula sancionou a Lei de Biossegurança (Lei 11.105/2005), tendo o cuidado de vetar alguns dispositivos, mas mantendo intacto o art. 5°, que permite a destruição de embriões humanos.



No dia 28 de março de 2005, o Presidente Lula sancionou a Lei 11.106/2005, que, entre outras coisas, excluiu o crime de adultério (art. 240) do Código Penal.



No dia 7 de julho de 2005, o Ministro Humberto Costa assinou a Portaria 1145, que “Dispõe sobre o Procedimento de Justificação e Autorização da Interrupção da Gravidez nos casos previstos em lei [sic], no âmbito do Sistema Único de Saúde”. Tal portaria, que oficializou a prática do aborto no SUS, foi substituída em 1º de setembro de 2005 pela Portaria 1508, do novo Ministro da Saúde Saraiva Filipe, com a novidade de conter um formulário pronto para a falsificação de estupros e o aborto em série.



No dia 27 de setembro de 2005, a secretária especial de Políticas para Mulheres Nilcéa Freire entregou à Câmara dos Deputados o anteprojeto de descriminalização do aborto elaborado por uma Comissão Tripartite… A proposta normativa do governo, consagrando o aborto como um direito inalienável de toda mulher, e propondo sua total liberação, foi adotada em 4 de outubro de 2005 pela deputada Jandira Feghali (PC do B/RJ), como substitutivo ao Projeto de Lei 1135/91.



As declarações do Bispo Macedo foram publicadas um dia depois do Dia das Crianças. Enquanto os cristãos estavam celebrando as crianças como bênção de Deus, um homem que se diz cristão e bispo prega e apóia a morte das crianças.



Sim, os tempos mudaram. No passado — e até mesmo no presente —, os Herodes eram uma espécie que dava para se achar somente no governo. Hoje, eles também estão nas igrejas.



Fonte: www.juliosevero.com.br; www.juliosevero.com

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