O gigante asiático, a quem incumbiram de realizar os Jogos da XXIX Olimpíada, tudo tem feito para seduzir os ocidentais, com o seu crescimento econômico, não olhando a meios para fazer a sua propaganda de "um regime, dois sistemas". Em alguns aspectos, os Jogos Olímpicos de Verão 2008, em Pequim, trazem-nos à memória os Jogos Olímpicos de Berlim, em 1936. O denominador comum é o aproveitamento mediático, que fazem, escondendo mazelas de regimes adversos às liberdades democráticas e aos direitos humanos. Em 1936, só dois países não se vergaram à saudação nazista, que deveriam vigorar naquelas olimpíadas: a Inglaterra e os Estados Unidos da América. No início deste mês, faleceu nos E.U.A., John Woodruff, o último dos doze atletas daquele país campeões de Berlim 1936, que se recusaram à saudação "nacional socialista". Chega-nos agora a notícia de que os organizadores dos Jogos Olímpicos de Pequim 2008 publicaram uma lista de "objetos proibidos" nas aldeias olímpicas onde se alojarão os atletas, onde estão incluídas as Bíblias . Segundo o jornal italiano La Gazzetta dello Sport, os organizadores alegaram "razões de segurança" e proibiram aos atletas de levar consigo qualquer outro símbolo religioso para os recintos olímpicos.
Não há dúvida que esta intolerância se soma a muitas outras exercidas contra os próprios nacionais, onde nenhuma religião não controlada pelo governo é proibida, e onde permanecem presos cinco Bispos, 15 sacerdotes e muitos que não renegam à sua fé.
Apesar de, numa operação de cosmética, o jornal "China Daily" informar que a aldeia olímpica terá temporariamente uma igreja católica (entenda-se: da Associação Patriótica da China, ligada ao governo chinês). Sabemos que o líder protestante Cai Zhuohua, condenado, em 2005, a três anos de prisão por "tráfico ilegal de bíblias", teria sido obrigado a costurar bolas que serão usadas nos próximos Jogos Olímpicos de Pequim. Quantos milhares não estarão nos campos de concentração, que nos fazem recordar os "gulags" soviéticos ou os "lagers" nazistas. "Laogais" chamam-se os gulags de Mao Tsé Tung, na China, que em inglês se dizem "Leogai: The Chinese Gulag. Quanto desse trabalho não será para as Olimpíadas de Pequim? E quanto não alimentará as baratas lojas dos "trezentos e cinquenta"? Quem defende os direitos humanos, mesmo os de liberdade religiosa?
Publicado na Quinta-Feira, dia 08 de Novembro de 2007, por Francisco DoloresFONTE: http://www.auniao.com/noticias/ver.php?id=11985
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